13 de mai. de 2011

HISTÓRIA DA JOVEM GUARDA

 1050-1960- Nesta década o Rock and Roll e Celly Campelo ( precursora do Rock no pais)  influenciam os integrantes do  movimento da Jovem Guarda. 

1957- os primeiros cantores e compositores brasileiros do gênero tentaram  reproduzir o ritmo com letras em português ou cantando no original. Entre os maiores expoentes desse período estavam os irmãos Tony e Celly Campelo, Sérgio Murilo, Ed Wilson e, em fase pouco posterior, Ronnie Cord e os grupos The Jordans, The Jet Blacks e The Clevers.


O trio central  Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia  entrou em cena justamente quando começava a se acentuar a queda de popularidade dos primeiros artistas brasileiros do rock’n’roll.


1961- Celly Campelo decidiu afastar-se da vida artística, enquanto as atenções se voltavam para a bossa nova e, nos meios de comunicação, sobreviviam poucos espaços: o programa Hoje é Dia de Rock, de Jair de Taumaturgo, na Radio Mayrink Veiga carioca; o Clube do Rock, de Carlos Imperial, na TV-Rio, e Crush em Hi-Fi, na TV Record, de São Paulo. Em discos, os sucessos rareavam: Marcianita, com Sérgio Murilo, Diana, com Carlos Gonzaga.


Roberto Carlos optou, então, por algum tempo, pela bossa nova, mas Erasmo Carlos e Wanderléia decidiram insistir, tentando divulgar um tipo de musica que, nessa época, já tinha muito de bolero e samba-canção, misturado ao ritmo do rock’n’roll.

No Rio de Janeiro- RJ, Ed Wilson, Cleide Alves, Renato e seus Blue Caps também esperavam sua oportunidade. Foi o repentino sucesso de um compositor e intérprete radicado em São Paulo que abriu a brecha para o que seria a Jovem Guarda: Ronnie Cord.


1962- Roberto Carlos insistiu em investir na música jovem da época, o rock,  lançou " Splish Splash". Com o amigo Erasmo.


Roberto compunha versões de hits do álbum e canções próprias como "Splish Splash" e "Parei na Contramão", que se tornaram grandes sucessos.


No ano seguinte, o cantor novamente esteve nas paradas de sucesso com o LP É Proibido Fumar , em que, Além da faixa -título, destacou-se a canção "O Calhambeque". Assim nascia a Jovem Guarda.



1963- Ronnie Cord conseguiu bons índices de venda e popularidade com o rock Rua Augusta (de Hervê Cordovil), chamando a atenção do publico e dos homens de media para as figuras de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, principalmente, autores de Parei na contramão.


Em seguida, É proibido fumar e Festa de arromba (da mesma dupla) confirmaram a existência do mercado.


Foi dessa música – onde os dois celebram textualmente seus companheiros de vida artística e preferência musical – que surgiu a idéia de um programa de televisão, concretizado pela TV Record paulista, na época grande investidora em musica popular.


Inicialmente o programa deveria chamar-se Festa de Arromba e ocuparia uma hora ociosa, a tarde de domingo, vaga desde a proibição de transmissão dos jogos de futebol.

1964-A Jovem Guarda , fazia uma variação nacional do Rock, batizada no país de "Iê-Iê-Iê, quando os Beatles lançaram o filme " A Hard Day's Night", batizado no Brasil de "Os Reis do Iê-Iê-Iê"), com letras românticas e descontraídas, voltada para o público jovem.


A maioria de seus participantes teve como inspiração o rock da década de 50/60, comandado por cantores como Elvis Presley e bandas como os Beatles.

1965- Jovem Guarda surgiu com um programa da TV Record, foi um movimento surgido na segunda metade da década de 60, que mesclava música, comportamento e moda.  Ao contrário de muitos movimentos que surgiram na mesma época, a Jovem Guarda não possuía cunho político.

1965- A expressão Jovem Guarda começou a ser usada com a estréia do programa de auditório que tinha esse nome, na TV Record, em São Paulo.


A expressão foi tirada de um discurso de Lenin, onde dizia "O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada".


Foi comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderlea  que apresentavam ao público os principais artistas ligados ao movimento junto com os cantores Eduardo Araújo, Sérgio Murilo, Agnaldo Rayol, Reynaldo Rayol, Martinha, Cleide Alves, Meyre Pavão, Rosemary e os grupos The Jordans, The Jet Blacks, Renato e seus Blue Caps, Os Incríveis e Golden Boys.


Rapidamente, a Jovem Guarda tornou-se uma das grandes atrações da emissora, reunindo grandes platéias de adolescentes no Teatro Record.
O Programa  tornou-se popular e impulsionou o lançamento de roupas e acessórios. O movimento foi identificado como do público jovem, porém, agradou pessoas de todas as idades. Jovem Guarda agora não se destaca tanto como antes.


Agora eles gostam só de músicas agitadas! (Kaka) Surgiram vários outros programas no mesmo estilo, assim como vários artistas (hoje esquecidos, em sua grande maioria, pela mídia)
                                                       obscuros, que incluíam a Psicodelia, a Soul Music e o Rock
                                                       and Roll no Iê-Iê-Iê.

Outros artistas se juntaram ao grupo inicial: Ronnie Von, Vanusa, De Kalafe, Deny e Dino, Leno e Lilian, Antônio Marcos, Os Vips, Os Brasões, The Pops, entre outros.
Seguindo o exemplo da Apple, promotora dos Beatles, a agência de publicidade Magaldi, Maia & Prosperi passou a coordenar industrialmente a imagem do trio central da Jovem Guarda, criando as marcas Calhambeque, Tremendão e Ternurinha para uma série de produtos que ia de bonecas a calças e blusas.

1966- com o grande sucesso de Roberto Carlos e Erasmo Carlos Quero que vá tudo pro inferno, que o programa tomou proporções nacionais e passou a ser sinônimo de movimento ou tendência musical.

1967-Vários compositores de outras áreas começaram então a se interessar pelos ritmos da Jovem Guarda, como Jorge Ben, que passou a freqüentar o programa, e os baianos Gilberto Gil e Caetano Veloso, que, aconselhados pela cantora Maria Bethânia, incorporaram ao seu trabalho elementos do iê-iê-iê, como as guitarras que acompanhavam Domingo no parque e Alegria, alegria, no III FMPB, da TV Record.

1968-  Muitos consideram o fim do movimento juntamente com o fim do programa, mas podemos dizer que se estendeu até meados de 1970.
  
1969- Segundo Erasmo Carlos, foi justamente a Tropicália – movimento que Gil e Caetano fundaram nesse período – uma das principais causas do esvaziamento da Jovem Guarda.


"A Tropicália – diz ele – era uma Jovem Guarda com consciência das coisas, e nos deixou num branco total".


Mas, antes de se extinguir totalmente no inicio de 1969, diluída pela superexposição ao consumo, pelo cansaço e esgotamento criativo de seus participantes e pelos prejuízos que levaram Magaldi, Maia & Prosperi a desistir dos esquemas comerciais, a Jovem Guarda deixou sua contribuição, alimentando vários programas semelhantes na televisão, como a Festa do Bolinha, de Jair de Taumaturgo, na TV-Rio carioca, e publicações especializadas, como a revista Reis do iê-iê-iê, sucessora do que a Revista do rock tinha sido para o rock’n’roll brasileiro na década de 1950.




 Além de projetar nacionalmente alguns de seus ídolos, o movimento foi em grande parte responsável pela posterior assimilação de instrumentos eletrônicos na musica brasileira de todas as tendências e pela fusão de informações estrangeiras e dados nacionais que caracterizou a produção musical na década de 1970.

1980- No inicio da década seguinte, Léo Jaime, os Titãs, a Blitz e outros interpretes e grupos roqueiros retomaram a musicalidade simples e direta da Jovem Guarda, constituindo a Nova Jovem Guarda.

1995- Remanescentes da Jovem Guarda se reuniram para comemorar os 30 anos do movimento, gravando uma caixa de cinco CDs para a Polygram, onde recriam os antigos sucessos, e fazendo uma serie de shows com êxito nacional: Wanderléia, Erasmo Carlos, Ronnie Von, Bobby de Carlo, Os Vips, Os Incríveis, Martinha, Leno e Lilian, Golden Boys e
                                                       outros.
1995- a Paradoxx lançou dois CDs com vários artistas da Jovem Guarda, mas gravados ao vivo, nos shows comemorativos; e, no ano seguinte, a revista Caras colocou no mercado uma coleção de seis CDs e fascículos, contando a historia da Jovem Guarda e com remasterizações das gravações originais.















Entre os artistas do movimento  destacaram-se:  Cely Campelo, Roberto Carlos,  Erasmo Carlos, Wanderlea,  Vanusa, Eduardo Araujo, Silvinha, Martinha, Arthurzinho, Ronnie Cord, Ronnie Von, Paulo Sergio, Wanderlei Cardoso,  Bobby Di Carlo, Jerry Adriani, Leno e LIlian, Demétr us, Waldirene,  Diana, Sergio Reis, Sergio Murilo, Trio Esperança, Ed Wilson, Evaldo Braga, e as bandas Os Incríveis, Os Vips,    Renato e seus Blu Caps, Golden Boys,  The Fevers.
Entre os principais sucessos estão "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno"; "Festa de Arromba"; "Pare o Casamento"; "Garota do Roberto"; "Biquíni Amarelo"; "Meu Bem"; "Eu Daria a Minha Vida"; "O Bom"; "Roda Gigante"; "Rua Augusta"; "Namoradinha de um Amigo Meu"; "Ternura"; "O Caderninho"; "Tijolinho"; "Feche os Olhos"; "A Festa do Bolinha"; "O Bom Rapaz" e "Menina Linda".

Referências 

 Wikipédia, a enciclopédia livre